O presidente do diretório municipal do Partido Progressista (PP) em Camaçari, Otaviano Maia, se defendeu após ser acusado de homofobia por uma filiada. Em uma série de vídeos publicados no Instagram nesta quinta-feira (15), ele alega ser vítima de calúnia, com objetivo de desestabilizar sua função.

De início, Maia afirma que Lorena Lopes, a denunciante, infringiu as normas partidárias ao postar em sua conta uma carta, relatando o suposto caso, com o timbre do PP e assinando como presidente do movimento juvenil da ala que, segundo ele, não existe.

“Ela ocupa a função de primeira secretária e havia um combinado de que, após as eleições, seria criado a Juventude Progressista e ela seria a presidente. E desde que chegou na comissão executiva, Lorena já mantinha um relacionamento homoafetivo e isso nunca foi problema nenhum”, afirmou.

Na gravação, Otaviano diz que Lorena é uma indicação do vereador Dilson Magalhães Jr. e, por motivos ainda desconhecidos, acabou levantando uma acusação falsa de que ele estaria a impedindo de ocupar a tal função por ser homossexual. “Eu não sei o que motivou ela a fazer isso, mas é óbvio que tem cunho político […] e agora ela terá que provar que cometi homofobia contra ela“, completou o presidente.

Em seguida ele divulga um Boletim de Ocorrência aberto contra a partidária sobre o assunto que, por causa disso, deve prestar depoimento à polícia para explicar o seu lado na história.

A tal carta citada durante toda a sequência de stories feito pela liderança política já não está mais disponível no perfil de Lorena, dando a entender que ela tenha apagado. Até agora, a primeira secretária do PP não se pronunciou sobre o assunto e, caso queira, o portal Bahia no Ar ressalta que este espaço está aberto para que isso ocorra.

Vale lembrar que homofobia é crime perante a lei brasileira desde 2019, após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que equiparou o ato preconceituoso e violento ao racismo, tendo pena de 2 a 5 anos de prisão.

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