Na reunião que aconteceu, ontem (05), na sede da Federação Brasileira de Futebol (CBF), a entidade apresentou aos representantes dos 20 clubes participantes do Campeonato Brasileiro 2018, a tabela da competição. Três pontos foram colocados em votação: O uso de gramado sintético nos campos onde serão realizados as partidas, a mudança do mando de campo e a utilização de arbitro de Vídeo. Os dois primeiros pontos foram aprovados. No entanto arbitragem de Vídeo levantou muita polemica e foi reprovada por 13×7.

A CBF, propôs aos clubes a utilização de arbitro de Vídeo a partir da segunda fase da competição (Na 20° rodada), com um custo de cerca de R$ 1 Milhão, por partida, sendo que os custos seriam arcados pelas equipes mandantes. Eximindo a entidade organizadora do evento de qualquer custo.

O Esporte Clube Vitória, foi um dos clubes que votaram contra essa postura da CBF, em seu site oficial o clube se posicionou e explicou o motivo de ter votado contra: “O clube se mostrou absolutamente favorável à implementação do VAR (Video Assistant Referee) no Campeonato Brasileiro da Série A já em 2018, medida esta que traria ainda mais transparência e modernidade à competição. No entanto, posicionou-se contra a possibilidade de assumir o custo anual de aproximadamente R$ 1 milhão para a implementação dessa estrutura, que comprometeria o seu atual planejamento financeiro, principalmente no Departamento de Futebol Profissional”.

Em entrevista ao site Globoesporte.com, Presidente do Rubro-negro, Ricardo Davi, explicou sobre a decisão tomada pelo clube.
“Somos completamente a favor do árbitro de vídeo. Isso melhora em tudo. Melhora a qualidade da partida. O que nós fomos contra é que num ano desse, que nós temos financeiramente algumas dificuldades para poder montar um elenco competitivo, estamos efetivamente fazendo um planejamento muito rigoroso das finanças do clube, é acatar uma despesa de quase R$1 milhão por ano. Não é só esse ano, é todo ano, e isso vai aumentando. O Vitória…. O Vitória não. O Vitória e mais 11 clubes, nesse exato momento, decidiram não aprovar dessa forma. É preciso analisar mais a questão da responsabilidade sobre os custos. Porque o que a CBF apresentou foi uma responsabilidade 100% do custo pelos clubes. Pro Vitória, especificamente, R$ 1 milhão é muito alto. Não podemos abrir mão desse recurso hoje, que nós iriamos tirar de coisas muito mais estratégicas nesse momento”, defendeu o dirigente.

Em complemento, o mandatário aproveitou para criticar a CBF por não se colocar a disposição para arcar com os custos dessa nova tecnologia.

“A CBF não aceitou compartilhar em absolutamente nada. É um comportamento dela. O que nós ficamos foi o seguinte: como ela promete implantar alguma coisa ainda esse ano na Copa do Brasil, e também durante a Copa do Mundo vamos ter isso, ficou de continuarmos a discutir. Inclusive a metodologia. É importante, além da tecnologia, você ter pessoas treinadas, colocar isso em prática para poder extrair o melhor que o método tem a oferecer. A CBF chegou a aventar a proposta de buscar patrocinadores porque cria uma exposição grande. Imagina um jogo que para, atrairia muita atenção. A questão é a responsabilidade dos custos. Todos os 20 clubes são a favor da implantação do árbitro de vídeo – acrescentou o presidente do Vitória.

Veja como foi a votação sobre a implantação do VAR no Brasileirão:
• A favor: Flamengo, Botafogo, Bahia, Chapecoense, Palmeiras, Grêmio e Internacional.
• Contra: Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará.
• Não votou: São Paulo (o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva tinha ido embora no momento dessa votação).

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