A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (19), durante a 14ª fase da operação Lava Jato, os presidentes da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e da Andrade Gutierrez, Otávio Marques Azevedo. A PF investiga esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras , empreiteiras e partidos políticos.
De acordo com a TV Globo, os presidentes estão entre os presos pela PF, além de outros executivos das construtoras. Nesta nova fase da operação, a polícia está expandindo os investigados nos crimes de formação de cartel, fraude a licitações, corrupção, desvio de verbas públicas e lavagem de dinheiro, entre outros, para “duas grandes empreiteiras com grande atuação no mercado nacional e internacional, e contratantes regulares junto a Petrobras”, segundo comunicado.
A polícia cumpre mandados de busca e apreensão na sede da Odebrecht em São Paulo. Agentes da PF chegaram ao prédio da empresa no início da manhã em busca de documentos devido à suspeita de envolvimento da empresa no esquema.
Policiais federais cumprem 59 mandados de prisão e busca e apreensão em quatro Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo o comunicado da PF, são 38 mandados de busca e apreensão, nove mandados de condução coercitiva, oito mandados de prisão preventiva e quatro mandados de prisão temporária.
A Construtora Norberto Odebrecht (CNO) enviou nota à imprensa confirmando a operação da Polícia Federal em seus escritórios em São Paulo e no Rio de Janeiro, “para o cumprimento de mandados de busca e apreensão. Da mesma forma, alguns mandados de prisão e condução coercitiva foram emitidos”, disse.
Segundo a empresa, “como é de conhecimento público, a CNO entende que estes mandados são desnecessários, uma vez que a empresa e seus executivos, desde o início da operação Lava Jato, sempre estiveram à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”.
A operação Lava Jato investiga um esquema de cartel para vencer licitações de obras da Petrobras com sobrepreço. Em troca, as empresas pagavam propina a funcionários da estatal, operadores que lavavam dinheiro do esquema, políticos e partidos.