Alunos da rede estadual começarão a próxima semana sem aulas. Após 18 assembleias, os professores decidiram nesta sexta-feira (17) que irão paralisar as atividades na segunda e terça (20 e 21). O movimento realizado pela Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB) aconteceu após insatisfação da categoria com o reajuste salarial ofertado.
O governo baiano afirmou que poderia aumentar em 5,69% o salário dos professores, que foi negada pela associação, julgando insuficiente após anos de desvalorização. Segundo o presidente da APLB, Rui Oliveira, a gestão de Jerônimo Rodrigues (PT) sequer sentou para dialogar com os representantes da classe e definir um plano em comum que seja benéfico para ambos os lados.
A paralisação acontece após uma série de movimentos realizados pelo sindicato, com o objetivo de resolver o problema existente, algo que não foi conquistado. Por conta disso, foi decidido não dar aulas durante 2 dias como forma de protesto. Enquanto isso, professores estarão na Assembleia Legislativa, no Centro Administrativo (CAB), para prosseguir solicitando um melhor reajuste aos servidores da educação.
“Os trabalhadores estarão mobilizados, na Assembleia Legislativa, em Salvador, nos dias de paralisação, a partir das 9h, para pressionar os parlamentares por um reajuste digno durante a sessão de votação dos projetos de reajuste de salário”, diz parte do comunicado divulgado pela APLB.
No outro lado, o governo Jerônimo diz que o reajuste que a categoria almeja ter causaria um alto déficit orçamentário, já fechando 2024 com R$ 463,7 milhões a menos. “Já para os anos de 2025 e 2026, o acréscimo de despesa será de R$890.620.551,00, cada ano“, complementa a nota do governo.