Nesta segunda-feira (19), os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) iniciaram uma paralisação de 24 horas após rejeição da proposta de recomposição salarial do governo estadual, ocorrida em assembleias na semana passada. As universidades com atividades suspensas são: a Universidade Estadual da Bahia (Uneb), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

Na última quarta-feira (14), no campus de Salvador, a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) e os professores presentes entenderam que, embora a proposta do governo seja rebaixada, houve avanço nas negociações.

“O executivo assumiu o compromisso de pagar, pelos próximos quatro anos, o valor da inflação do ano anterior. Consideramos isso um fato positivo. Porém, quanto à proposta de recomposição dos salários defasados em quase 35%, segundo os dados do Dieese, o governo só aceita pagar 1% ao ano, também pelo período de quatro anos. A proposta causou indignação entre os professores.”, afirmou Clóvis Piáu, o coordenador geral da Aduneb.

De acordo com informações, os sindicatos orientam os professores a fazerem atividades de mobilização em todas as cidades do estado que possuem campi das Uebas, como, por exemplo, de panfletagem, rodas de conversa, utilização de carros de som, faixas e visitas a emissoras de rádio. Nessa manhã, em Salvador, em frente ao pórtico da Uneb, está acontecendo um café da manhã com panfletagem.

Ainda nesta segunda-feira, às 14h30, na Secretaria de Estadual da Educação, acontecerá mais uma reunião da mesa de negociações, entre representações do governo e dos professores das Uebas. Os docentes aprovaram uma contraproposta, tendo como parâmetro os ganhos reais conquistados pela categoria no governo Jaques Wagner.

Assim, os docentes reivindicam o pagamento das perdas inflacionárias do ano anterior (com base nos índices do IPCA), e acrescentam um ajuste de 4,5% de recomposição salarial, a ser pago em 1º de janeiro (data-base da categoria), pelos próximos três anos. Além do reajuste salarial, os professores das Uebas também tentam resolver questões como as filas paradas de promoções e progressões, a implantação das mudanças de regime de trabalho remanescentes e o final da lista tríplice para a escolha de reitoras e reitores.

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