Na manhã desta quarta-feira (11), os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) voltaram a paralisar as atividades após não entrarem em acordo com o Governo do Estado sobre a proposta de recomposição salarial. Um ato unificado está sendo realizado no Campus I da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no bairro do Cabula, em Salvador.

De acordo com informações, a negociação referente ao reajuste salarial está no quarto ciclo de discussão e, ainda nesta quarta-feira, ocorrerá uma nova reunião do Fórum das Associações Docentes (FAD) com a Secretaria de Educação (SEC). Também está previsto no calendário de mobilização do movimento docente a realização de assembleias no dia 16 de setembro para discussão sobre deflagração de greve.

Hoje não terão aulas na Universidade Estadual da Bahia (Uneb), na Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

RELEMBRE O CASO

No dia 19 de agosto, os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) iniciaram uma paralisação de 24 horas após rejeição da proposta de recomposição salarial do governo estadual, ocorrida em assembleias na semana passada. As universidades com atividades suspensas são: a Universidade Estadual da Bahia (Uneb), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc).

No dia 14 de agosto, no campus de Salvador, a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb) e os professores presentes entenderam que, embora a proposta do governo seja rebaixada, houve avanço nas negociações.

“O executivo assumiu o compromisso de pagar, pelos próximos quatro anos, o valor da inflação do ano anterior. Consideramos isso um fato positivo. Porém, quanto à proposta de recomposição dos salários defasados em quase 35%, segundo os dados do Dieese, o governo só aceita pagar 1% ao ano, também pelo período de quatro anos. A proposta causou indignação entre os professores.”, afirmou Clóvis Piáu, o coordenador geral da Aduneb.

Ainda no dia 19 de agosto, na Secretaria de Estadual da Educação, aconteceu mais uma reunião da mesa de negociações, entre representações do governo e dos professores das Uebas. Os docentes aprovaram uma contraproposta, tendo como parâmetro os ganhos reais conquistados pela categoria no governo Jaques Wagner.

Assim, os docentes reivindicam o pagamento das perdas inflacionárias do ano anterior (com base nos índices do IPCA), e acrescentam um ajuste de 4,5% de recomposição salarial, a ser pago em 1º de janeiro (data-base da categoria), pelos próximos três anos. Além do reajuste salarial, os professores das Uebas também tentam resolver questões como as filas paradas de promoções e progressões, a implantação das mudanças de regime de trabalho remanescentes e o final da lista tríplice para a escolha de reitoras e reitores.

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