Os professores da rede estadual de ensino da Bahia decidiram entrar em greve por tempo indeterminado, após assembleia da categoria realizada na manhã desta quarta-feira (11), no Teatro Nazaré, localizado em bairro homônimo, no Centro de Salvador. Na ocasião, participaram representantes de profissionais de 80 municípios. Mais de 2 milhões de alunos devem ficar sem aula, atrasando o calendário escolar.
A classe alega que o governo do estado não cumpriu o acordo de reajuste de 22,22% no salário da categoria, índice que equipara o valor recebido atualmente ao piso nacional do magistério. O acordo, assinado em 11 de novembro do ano passado, previa que o novo valor entraria em vigor a partir de janeiro deste ano.
Até o momento, de acordo com informações do sindicato da categoria, só teriam sido pagos 6,5% e o governador Jaques Wagner teria prometido parcelar o pagamento restante em duas partes, uma delas, em novembro desse ano e a outra, em abril de 2013. A proposta não foi aceita pelos professores.
A vice coordenadora da APLB, professora Marilene Betros, informou que, na próxima quarta-feira (18), uma manifestação deve acontecer em frente à Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). A mobilização deverá contar com a presença de professores da capital e interior do estado.
Nota – Segundo nota oficial divulgada na página da Secretaria de Educação da Bahia, "todos os professores da rede estadual de ensino receberão o piso nacional estabelecido em lei". A secretaria informa que "o projeto de lei que assegura o cumprimento do piso nacional da educação aos 5.210 professores de nível médio (carreira em extinção), que ficaram com os salários abaixo do novo patamar nacional, de R$ 1.451,00 será enviado, nesta quarta-feira (11), pelo governo à Assembléia Legislativa".
A secretaria confirmou ainda que, atualmente, todos os professores licenciados, integrantes da carreira do magistério estadual, já recebem salário inicial acima do piso fixado, desde 2009.
Redação RMS Notícias