A Justiça acatou, no início da tarde desta terça-feira (27), os pedidos de afastamento de Oziel Araújo (PSDB) do cargo de presidente da Câmara Municipal de Camaçari e da função de vereador, mas essas representam apenas uma parte da lista de solicitações feitas pelo Ministério Público Estadual (MP-BA) no intuito de impedir que o político tenha poder de influência e condições de comprometer a averiguação enquanto durar o inquérito.

Em conversa com a reportagem do portal Bahia no Ar, o promotor do MP que encaminhou a ação para a Justiça, Everardo Yunes, responsável pelo setor de crimes de improbidade administrativa em Camaçari, esclareceu que os pedidos de prisão preventiva e de bloqueio de bens (no valor de R$ 500.000,00) não foram acatados neste parecer, mas que também não foram excluídos em caráter definitivo, já que Oziel tem 90 dias para se pronunciar perante a Justiça. “Novas decisões serão tomadas depois que ele for ouvido”, disse.

Yunes evitou falar sobre a rejeição da denúncia do MP-BA contra a secretária de Desenvolvimento Urbano de Camaçari, Juliana Paes, pela Justiça na semana passada, ocasião em que foi apresentado pelo juiz como “incompetente” para encaminhar acusação de caráter criminal contra a gerente da Sedur, preferindo apenas prestar esclarecimentos sobre a recente decisão judicial no caso dos 20 vereadores suspeitos de desvio de verba pública, em esquema que seria comandado por Oziel Araújo, segundo a denúncia.

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