A promotora Carmen Eliza Bastos de Carvalho, que fez campanha para o então candidato a presidência Jair Bolsonaro, pediu nesta sexta-feira (1º) o afastamento das investigações do Ministério Público estadual sobre a morte de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

De acordo com o MP, ela pediu para deixar o caso após a repercussão das imagens de suas redes sociais. Em uma carta aberta, a promotora afirma que em 25 anos de carreira “jamais atuou sob qualquer influência política ou ideológica” e que a repercussão das suas postagens nas redes sociais alcançaram seu ambiente “familiar e de trabalho”.

Carmem estava na coletiva do Ministério Público na quarta-feira 30, quando foi revelado que era falso o depoimento do porteiro que relacionou o presidente Jair Bolsonaro a morte de Marielle. À polícia, o porteiro afirmou que, no dia 14 de março de 2018, “seu Jair” autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio Vivendas da Barra.

Nesta sexta, em nota, o MP diz que “reconhece o zeloso trabalho” da promotora, “que nos últimos dias vem tendo sua imparcialidade questionada (…) por exercer sua liberdade de expressão como cidadã, nos termos do art. 5º da Constituição Federal”.

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