Em junho de 2013, o então presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho, mostrou a Cidade Tricolor pronta para a imprensa. O centro de treinamento, em Dias D’Ávila, seria a nova casa tricolor, trocado pelo Fazendão em um negócio com a construtora OAS.
Pelo contrato assinado, a mudança deveria ter sido feita até ontem, último dia de 2013, o que não aconteceu. Depois que a diretoria foi destituída pela Justiça, em julho, começou o imbróglio com o novo CT. Levantamento realizado pela intervenção revelou que o valor gasto no negócio foi superior aos R$ 4 milhões anunciados pela gestão anterior.
Por conta disso, a atual diretoria, comandada por Fernando Schmidt, não fez a mudança. Alega que vai conferir minunciosamente o contrato para só depois tomar uma decisão sobre a possível mudança, que pode nem ocorrer.
“Criamos uma comissão exatamente para estudar todo o contrato que envolveu a permuta entre o Fazendão e a Cidade Tricolor. Esse relatório está sendo produzido por Antonio Miranda Filho (diretor de relações institucionais). O documento deve ficar pronto no dia 10 de janeiro. Tanto a diretoria quanto o Conselho vão tomar a melhor decisão. O nosso compromisso é com o Esporte Clube Bahia”, justifica o presidente.
Em acordo com a OAS, o Bahia esticou o prazo para a possível mudança de mala e cuia. “Estamos nessa fase de reavaliação das coisas. Essa possibilidade de permanecer no Fazendão ficou prorrogada para junho. O Fazendão é um dos campos que servirá para as seleções na Copa do Mundo. Tem que ver isso bem”, conta.
Certo mesmo é que a Cidade Tricolor está pronta. No momento, digna de filmes de velho oeste, vazia. São 350 mil metros quadrados, sendo 100 mil de área construída. O novo CT possui aproximadamente três vezes o tamanho do Fazendão. Por lá, são quatro campos oficiais de treinamento, além de alojamento completo para divisão de base e profissional.
*Informações Correio