O PSL está aguardando a saída espontânea da família Bolsonaro do partido para dar prosseguimento as conversas de fusão com o Democratas.

Segundo o blog da jornalista Andréa Sadi, do G1, o deputado Luciano Bivar (PE), presidente do PSL, tem feito gestos nos bastidores a Rodrigo Maia.  Conforme a publicação, Bivar tem repetido que a bancada, mesmo com a eventual saída de Jair Bolsonaro, seguirá como “sempre foi”: liberal, com agenda econômica clara.

A ideia é deixar claro ao presidente da Câmara que o partido não será oposição ao governo. Essa inclusive, é a principal preocupação de  Rodrigo Maia.

Ele se diz aberto a conversas, mas repete que o DEM precisa monitorar como vai ser a reação e o tratamento do presidente Jair Bolsonaro ao PSL, após sua saída. Bivar tem repetido, inclusive em entrevista ao “Em Foco”, na GloboNews, que não quer briga com Bolsonaro.

O presidente do DEM, prefeito de Salvador, ACM Neto, tem repetido também, reservadamente a aliados, que o seu partido precisa manter distância da briga PSL e Bolsonaro.

Por isso, o DEM suspendeu as conversas de fusão durante o auge da briga PSL e Bolsonaro. A legenda avaliava que admitir publicamente a fusão significaria tomar lado, ou seja, ficar contra o governo.

Agora, se Bolsonaro sair, de fato, as conversas de fusão serão retomadas.

Como aponta o blog, se for confirmada a união das duas legendas, além das presidências das Casas Legislativas, o DEM e PSL querem formar uma expressiva bancada na Câmara (hoje, DEM tem 27 deputados e PSL, 53) além de estarem de olho no fundo partidário do PSL – só em 2019, de cerca de R$ 110 milhões.

Na conta de Bolsonaro, metade da bancada pode acompanhá-lo para um novo partido, por exemplo. Mesmo se isso ocorrer, uma eventual fusão do DEM com PSL pode garantir uma bancada de cerca de 50 deputados. A maior bancada da Casa é a do PT (54), a segunda é exatamente o PSL.

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