Filho de um tenente-coronel da Polícia Militar da Bahia, o acusado Roberto Wallace Carvalho Pinto, formado em Direito, afirmou que a Justiça iria provar sua inocência. Durante a apresentação, os seis acusados se recusaram a mostrar o rosto, mas riram e questionaram se a “sessão de fotos” não iria acabar. “O processo na Justiça vai esclarecer tudo”, disse Roberto Wallace. Quando questionado se a droga apreendida pertencia a ele, se esquivou: “Não quero falar agora, não”.

Homens fizeram piada sobre 'sessão de fotos' na delegacia

Com uma tatuagem no braço direito em que se lê “Deus ilumine os meus caminhos”, Estiven Anderson, filho de um investigador da Polícia Civil, também não quis falar. Na Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), onde os acusados foram ouvidos, o semblante dos familiares era de constrangimento. A mãe de um dos acusados pediu para que o filho não fosse fotografado e nem mesmo a advogada quis se pronunciar.

Caso

Entre os seis homens de classe média que foram presos nesta quinta-feira (18), Esteven Anderson Silva Gonçalves, 36 anos, é filho de um policial civil e Roberto Wallace Carvalho Pinto, 24, filho de um policial militar. Os mandados de busca contra o grupo foram cumpridos nos bairros da Pituba, Costa Azul, Stiep e Imbuí.

Também foram presos na 'Operação Austin' Rafael Motta Cabral, 31 anos, José Carlos Montenegro de Oliveira, 28, Rafael Matos Santos da Silva, 30, e Igor da Silva, 32 anos. Com eles foram apreendidos três armas, munição, drogas, R$ 9.300,00 em espécie, cartelas do estimulante Pramil e anabolizantes que seriam vendidos em academias e bares de Salvador.

O delegado Jorge Figueiredo lamentou o envolvimento de dois filhos de policiais no caso. "As famílias estão devastadas, mas está descartada qualquer possibilidade de envolvimento de familiares. Mas é isso aí, missão dada, missão cumprida", declarou à TV Itapoan.

Além dos seis presos, um menor também de classe média foi apreendido por uso de drogas, mas foi liberado pouco depois após assinar um termo circunstanciado.

Entre as drogas encontradas havia cocaína, lança-perfume, cartelas ácido, comprimidos de ecstasy e 15 quilos de uma erva que, segundo relatório da polícia, aparenta maconha. As armas apreendidas eram duas espingardas, uma de calibre 12 e outra de calibre 22, além de uma pistola Glock calibre 360.

A operação visava cumprir 15 mandados de busca de repreensão ao narcotráfico e envolveu equipes do Departamento de Narcóticos (Denarc), Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Centro de Operações Especiais (COE) e da Polícia Militar, totalizando 40 policiais:Com informações redação rms notícias e Correio da Bahia