Segundo o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, fraudes envolvendo desvios de recursos públicos da saúde, que deveriam ser aplicados em ações de combate ao novo coronavírus (Covid-19), ‘são quase como um genocídio’.

“Ver situações que podem envolver desvios de recursos públicos para a compra de equipamentos ou material para salvar vidas, o desvio desse tipo de recurso, não vou dizer que é um crime lesa a pátria, é quase um crime de genocídio”, afirmou Moro.

“Você deixar as pessoas ao desamparo, aproveitando a fragilidade e a vulnerabilidade do sistema de controle, ou dessa urgência decorrente da pandemia para ter esse tipo de comportamento. Vejo com grande pesar”, acrescentou.

O ex-ministro ainda ressaltou o papel da sociedade na fiscalização dos governantes, e disse que as suspeitas de corrupção na saúde, que motivam operações da polícia desde abril, deixam uma lição.

“Por mais lamentável que seja, eles nos dão uma lição importante combater a corrupção. Nos ensina a estar sempre vigilantes ao comportamento dos nossos governantes e agentes públicos. A população tem que ser fiscal do comportamento dos servidores públicos”, assegurou.

As afirmações foram ditas durante uma entrevista na noite do domingo (5), à GloboNews. Ao longo da participação, Moro também foi perguntado a respeito da passagem dele pelo governo do presidente Jair Bolsonaro e dos caminhos possíveis para o combate à corrupção e à criminalidade no território brasileiro.

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