O clima de festa e do espirito esportivo da Copa do Mundo, chegou ao fim na Rússia. Menos de uma semana após o fim Mundial, o racismo ficou novamente em evidência no futebol russo. Torcedores do Torpedo Moscou protestaram contra o novo reforço da equipe, Erving Botaka-Yoboma, zagueiro que nasceu na Rússia, mas tem origem congolesa e jogava no time B do Lokomotiv Moscou. Os ultras do Torpedo exibiram uma faixa com a mensagem “Pode haver preto nas cores do clube, mas só há brancos entre os torcedores”.

Além da faixa, os ultras também publicaram uma foto de Botaka-Yoboma com um símbolo de proibição sobre ela. Na legenda, estava a frase “Nosso clube, nossas regras”. As ações racistas dos torcedores do Torpedo geraram descontentamento na Rússia. O próprio presidente do clube moscovita, Roman Avdeyev, defendeu a contratação do zagueiro e repudiou o preconceito:

“A cor da pele não é um critério para as nossas contratações. Nunca foi e nunca será”, disse.

O presidente do sindicato de jogadores russos, Alexander Zotov, chamou os ultras do torpedo de “idiotas” e afirmou que eles não representam a totalidade dos torcedores do país:

“Ocorreram mudanças após a Copa do Mundo, mas alguns idiotas ainda se mantêm”.

Antes dos protestos contra Botaka-Yoboma, os ultras do Torpedo já tinham sido punidos por outro episódio racista. Em 2015, eles ficaram afastados dos estádios, porque imitaram sons de macaco para o atacante brasileiro Hulk, que defendia o Zenit.

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