Nesta segunda-feira (11) estão previstos os depoimentos do diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, e do ex-superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Ricardo Saadi. Eles serão ouvidos pela Polícia Federal (PF), em Brasília, no inquérito que apura uma suposta tentativa de interferência do presidente Jair Bolsonaro na corporação.

O inquérito foi aberto pela Procuradoria-Geral da República (PGR), com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF), depois que o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, informou sua decisão de se demitir do cargo; fato datado no dia 24 de abril. Segundo o ex-ministro, ele foi pressionado pelo presidente a fazer mudanças na cúpula da PF.

Tanto Ramagem quanto Saadi, ambos delegados da PF, foram citados por Sergio Moro em um depoimento de oito horas prestado no último dia 2, em Curitiba. O mesmo aconteceu com o ex-diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, que será ouvido na manhã desta segunda, também na capital paranaense.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Mello, autorizou aproximadamente 10 depoimentos no inquérito (todos marcados para esta semana e relacionados às afirmações de Sergio Moro).

Além de Ricardo Saadi, Alexandre Ramagem e de Maurício Valeixo (exonerado da direção-geral da PF), serão ouvidos pela Polícia Federal outros três delegados da corporação citados por Moro em depoimento (todos ocupam ou ocuparam cargos de direção na PF desde o ano passado).

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