Os professores da rede municipal de ensino de Lauro de Freitas aceitaram a proposta de reajuste salarial de 13%, para o nível M1, professor sem formação superior.
Assim, 10,353% serão aplicados de imediato nos vencimentos dos profissionais do magistério, retroativo a 1º de abril, e 2,4% serão disponibilizados no mês de setembro, condicionados ao repasse do Fundeb.
Agora, prefeitura e professores discutem como será feita a reposição das aulas perdidas.
O secretário municipal de Educação, Paulo Aquino, destaca que o prejuízo da greve ficará por conta do recesso junino e das férias de dezembro, que serão utilizados para reposição das aulas, mas o calendário letivo de 200 dias será cumprido integralmente, sem perda de conteúdo para os alunos.
Aquino também revela que com este reajuste o município se mantém entre os que pagam melhor salário ao professor no país.
O professor que trabalha 40 horas semanais e ensina no fundamental I recebe R$ 2.
048,00, incluindo salário base, gratificações e benefícios (vale- transporte e ticket- alimentação).
Os servidores graduados em nível superior, que representam mais de 60% do quadro da Educação, têm remuneração de R$ 2.
656,00.
“Sempre fomos referência para outras administrações municipais.
Temos um dos melhores salários pagos na Bahia”, afirmou o secretário.
Em 2005, os professores que trabalhavam 40 horas semanais tinham salário base de R$578 e não havia vale- transporte e ticket- alimentação.
Atualmente o salário base é de R$1.
798, mais gratificações e benefícios.
O percentual de reajuste ao longo desses seis anos foi de 74,49%, incluindo o índice de 10,3% aplicado ao salário.
Caso os aumentos acompanhassem os índices inflacionários, os salários não passariam de R$795.
O secretário da Fazenda, Roque Fagundes, salienta que o município sempre priorizou a educação.
Um exemplo: a lei determina que 60% do Fundeb seja destinado ao pagamento do salário dos docentes.
No entanto, em Lauro de Freitas sempre praticou mais.
No ano passado o percentual ficou em 76%.
A Secretaria Municipal de Educação já apresentou à Associação dos Profissionais da Educação de Lauro de Freitas (Asprolf) um calendário para reposição das atividades.
“Vamos cobrar dos docentes uma posição de responsabilidade com os estudantes”, afirmou Aquino.
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