O reajuste dos aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo por mês da Previdência Social deverá ficar mesmo em 6,14 %, como estabelece a Medida Provisória 475, editada pelo governo no inicio do ano.
A informação foi dada ontem à noite pelo líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que também é o relator da MP.
“A base governista perdeu a oportunidade de assumir uma proposta que fosse melhor que os 6,14 % constantes da medida provisória”, disse Vaccarezza, ao justificar que a falta de acordo para fechar o reajuste em 7% levou o governo a manter o reajuste proposto na MP.
O deputado vinha negociando com os líderes da base aliada a elevação do reajuste para os aposentados para 7 %, em vez dos 6,14%.
Como os aliados não aceitaram a proposta feita pelo líder por Vaccarezza, o governo decidiu então manter o reajuste constante da MP.
O petista disse que mesmo que a Câmara aprovasse um reajuste de 7%, na votação no Senado esse percentual seria aumentado.
Por isso, o governo decidiu fechar com o reajuste da MP.
Com a elevação para 7%, “o governo já ia ter um rombo a mais no orçamento de R$ 1,1 bilhão”, disse o líder.
Enquanto Vaccarezza negociava na Câmara a elevação do reajuste para 7%, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e outros líderes no Senado negociavam com aliados na Câmara um reajuste de 7,71 %.
Essa negociação no Senado chegou a irritar o líder governista na Câmara.
Nesta semana, Vaccarezza chegou a anunciar uma nova proposta que seria elevar para 7,7% o aumento para os aposentados que recebem até R$ 1.
395 e manter em 6,14% o reajuste para os aposentados que recebem mais do que R$ 1.
395,00.
Ele prometeu negociar essa nova proposta com o governo, mas disse que dependeria de questões jurídicas.
O governo ficou de estudar os aspectos jurídicos da proposta e concluiu que não era possível conceder o aumento diferenciado, “não tem base jurídica”.
“A bola está com a base aliada do governo na Câmara “, disse o líder, ao afirmar que se os aliados resolverem a aceitar os 7% de reajuste.
Ele voltará a negociar esse percentual com o governo.
Vaccarezza informou que apresenta seu parecer à MP na terça-feira (27) para votação no plenário da Câmara com o reajuste de 6,14 %.
“Os 7% de reajuste eu apresentaria no parecer se houvesse acordo com a base aliada.
”