A primeira audiência da morte do padreRaimundo Reinan Valette, ocorrida em março, em Angical, oeste da Bahia, foi realizada na terça-feira (20) na comarca da cidade. Quatro testemunhas do crime foram ouvidas pelo juiz André Gomma.
De acordo com o assistente do juiz, Josafá Ramos, outra audiência será feita no dia 17 de setembro, às 9h, para que mais uma testemunha e o suspeito do crime, um jovem de 18 anos, sejam ouvidos.
Dois adolescentes que participaram do crime cumprem pena educativa em Feira de Santana, distante cerca de 100 km de Salvador, e também devem ser ouvidos na cidade onde estão.
Segundo o assistente Josafá Ramos, o crime foi configurado como latrocínio. No caso dos adolescentes, que já foram sentenciados, eles vão cumprir três anos de internação no Centro de tendimento Socieducativo de Feira de Santana pelo ato infracional de latrocínio. Eles têm 13 e 17 anos.
O principal suspeito do crime está preso no Complexo Policial de Barreiras e já fugiu da unidade duas vezes. Na última, no início de agosto, ele foi recapturado pouco depois da fuga.
Ele deve ser ouvido pelo juiz na próxima audiência. Após isso, a defesa e a acusação terão um prazo para fazer alegações e apresentar ao juiz. Em seguida, pode ser definida a sentença do suspeito.
Entenda o caso
O padre Raimundo Valette foi morto a facadas e pauladas no dia 10 de março, em Angical. Segundo informações da polícia, a vítima tinha 53 anos e foi encontrada morta no pátio da casa paroquial do município, por volta das 22h30, logo após uma missa.
Segundo a polícia, havia indícios de que a vítima lutou com os suspeitos.Os bandidos deixaram o local no carro da paróquia.
O corpo do padre foi velado em Angical e depois encaminhado para Ilhéus, no sul da Bahia, cidade natal do pároco, onde foi enterrado.
O pároco estava na região oeste do estado desde 2011 e atuava na paróquia de Angical há quatros anos.
As informações são do G1.