Anunciada por bancos públicos e privados na semana passada, a redução nas taxas de juros para financiamento de veículos, terá efeito limitado nas vendas de automóveis.
Segundo informação do Folha, a avaliação de entidades e especialistas é que as regras para concessão de crédito dos bancos vão continuar rígidas, dado o índice de inadimplência recorde no país. A taxa que considera atrasos acima de 90 dias chegou a 5,5% em fevereiro, o maior patamar da série do Banco Central, iniciada em 2000.
Ainda segundo o Folha, para preservar sua rentabilidade, potencialmente reduzida com as novas taxas, as instituições financeiras deverão ser ainda mais seletivas ao conceder novos empréstimos.
"Não haverá uma explosão de crédito", diz Décio Carbonari, presidente da Associação Nacional das Empresas Financeiras de Montadoras (Anef).
Segundo ele, as taxas de juros mais atrativas serão concedidas somente aos clientes com bom histórico de pagamento e de relacionamento com o banco. "Haverá crescimento, mas limitado ao crédito de melhor qualidade, o que é positivo para o setor."