Após a disseminação da notícia de uma possível tentativa de sequestro de uma criança, na última terça-feira (24), no bairro Verde Horizonte, em Camaçari, uma série de outros casos semelhantes, não confirmados, proliferaram através de grupos de WhatsApp, instaurando um clima de pânico na cidade.

Os relatos, às vezes conflituosos e confusos, informam abordagens em bairros como Inocoop, Verde Horizonte, Ficam, Natal e Parque Verde, por suspeitos de que se aproximam sozinhos ou em dupla, às vezes em um carro, que nunca tem a placa anotada. Na manhã desta sexta-feira (27), a tensão aumentou ainda mais ao espalharem uma versão em que os suspeitos conseguiram levar duas crianças, próximo a uma creche.

A reportagem do site Bahia no Ar conversou com a delegada Taís Siqueira, titular da 18ª Delegacia Territorial (DT – Camaçari), que foi categórica ao definir os relatos como “boatos”. “Até agora, só ouvi boatos. Nenhuma vítima procurou a delegacia para prestar uma queixa formal. Se tivéssemos recebido alguma informação concreta sobre isso, certamente haveria registro na Delegacia. Alguém, por maldade, começou a disseminar essa informação”, disse.

A orientação da delegada é que, se houver a tentativa de raptar alguma criança, os responsáveis compareçam à 18ª DT para formalizar a ocorrência e entregar para as autoridades a responsabilidade de reprimir a ação. “Não entrem nesse clima de terror. A Polícia Militar está nas ruas. Essas mensagens não devem ser propagadas. O mito do carro preto existe desde quando eu era criança. Isso é perigoso, já houve casos de inocentes serem linchados pela população por causa de boato espalhados via WhatsApp”, alerta.

 

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