O técnico Ney Franco tem mostrado um vasto repertório de alterações táticas à frente do Vitória. Quando está insatisfeito com o desempenho do seu time dentro de campo, costuma promover alterações ousadas, como a entrada do jovem Euller na lateral esquerda e o deslocamento de Juan para o meio.
Só que nem sempre o treinador lança mão de substituições quando deseja alterar a postura da equipe. A depender do andamento da partida, uma simples mudança de posição entre os jogadores que estão em campo resolve os problemas do comandante rubro-negro.
Essa característica de Ney Franco agrada ao meia Renato Cajá, que enaltece as qualidades do chefe.
– O time não precisa mudar as peças para mudar o esquema de jogo. Ele (Ney Franco) sabe o que pode fazer no decorrer da partida e como a equipe vai se encaixar melhor. Um cara inteligente como ele é, top de linha, é muito importante pra gente. E os jogadores têm correspondido. É importante ter um grupo forte para conseguir os objetivos – declara.
O próprio Cajá sente na pele o efeito das alterações táticas de Ney Franco. Meia clássico, tradicional camisa 10, o jogador já foi recuado para jogar como um terceiro homem de meio-campo. Foi assim, por exemplo, contra o Botafogo, quando o Leão venceu por 1 a 0.
– Às vezes Ney me deixa um pouco mais atrás, como um terceiro volante. Às vezes a equipe adversária não encaixa a marcação, e a gente fica um pouco mais livre para criar as jogadas, à frente dos dois volantes. Mas o importante é continuar forte, com essa coragem e essa mentalidade de jogar bem para ganhar os pontos e conseguir os objetivos – finaliza.
*G1.