Os rodoviários estiveram reunidos com os empresários nesta quinta-feira, 13, para tentar um acordo e evitar a greve prevista para o próximo dia 18, no entanto, as partes não entraram em concordância.
Em reunião realizada na sede do Ministério Público do Trabalho (MPT), a categoria sugeriu rodar com catraca livre, sem cobrança de tarifa durante a greve. A proposta foi rejeitada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Público de Salvador (Setps).
O Setps propôs que, caso os trabalhadores decidam pela greve, 80% da frota seja colocada no horário de pico e 60% nos demais horários. De acordo com o presidente do sindicato dos rodoviários, Hélio Ferreira, esse número não caracteriza greve: "80% da frota nas ruas inviabiliza a greve e anula um direito constitucional dos trabalhadores".
A categoria aceitou a proposta de reajuste do ticket, proibição da dupla função (motorista/cobrador) e cumprimento da lei em relação à jornada e intervalo. O Setps rejeitou a proposta de 10% de aumento no salário, mantendo o reajuste de 5,84%.
Além disso, os patrões disseram que a diminuição da carga horária é inegociável. Hoje a jornada é de sete horas diárias. Os rodoviários queriam reduzir para seis, mas aceitaram a intervenção do MPT, que sugeriram seis horas e trinta minutos diários.
A reunião terminou sem definição e os trabalhadores afirmaram que a greve é inevitável. "Os rodoviários já flexibilizaram em vários itens, mas os patrões estão irredutíveis.
Essa reunião mostrou quem quer a greve. Nós continuamos abertos à negociação, mas, infelizmente, até o momento essa (a greve) é a única alternativa que resta aos trabalhadores", sinalizou Ferreira. *A Tarde