O Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários em Transporte de Salvador decidiu reduzir o pedido de reajuste salarial e alterar a proposta de redução da carga horária de trabalho, visando facilitar acordo nas negociações com os empresários.
A categoria reivindica 13% de reajuste nos vencimentos mensais. A proposta anterior era de 15%. O Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Salvador (Setps), por sua vez, rejeitou o pedido e alterou a contraproposta de 4,13% para 5,84%, percentual que foi negado pelos trabalhadores.
Em reunião realizada na segunda-feira, 11, no Ministério Público do Trabalho (MPT), entre representantes da categoria, o presidente da Associação das Empresas de Transporte Coletivo Rodoviário (Abemtro), e um funcionário do Setps, foi definida uma nova proposta na carga horária. A categoria exigia redução para seis horas diárias e o MPT sugeriu redução de sete para seis horas e meia.
De acordo com o diretor do Setps, Jorge Castro, a nova proposta é inviável e foi recusada pelos empresários. Segundo ele, sem contar o aumento dos vencimentos, reduzir a carga horária causaria um ônus aos cofres das empresas.
"O sindicato dos rodoviários querem uma redução para seis horas diárias e o MPT fez a proposta de seis horas e meia. Hoje a carga horária é de sete horas diárias. Se as empresas não derem o aumento e somente reduzir a carga horária, os custos serão ampliados em 23%. Essa proposta está na ata de reivindicações e vamos recusar sempre qualquer redução na jornada".
Os rodoviários sinalizaram greve para o próximo dia 18 de junho, caso não haja acordo. Uma nova reunião está marcada nesta quinta, 13, na sede do MPT. *A Tarde