O pré-candidato a prefeitura de Lauro de Freitas Antonio Rosalvo (PT) causou revolta ao dizer que iria “tapar a boca” da concorrente ao pleito, Débora Regis (UB). A fala, considerada machista, foi dada durante um evento político em Itinga, na noite da última quarta-feira (8).

O político, afilhado político da atual prefeita Moema Gramacho, também do PT, deu esta resposta em relação a uma crítica de Regis sobre os buracos existentes por toda a cidade, além dos demais problemas de infraestrutura. Por conta disso, a vereadora e favorita na disputa pela gestão municipal se posicionou contra o discurso, pontuando o que seria violência política:

“Tapar a minha boca? Tentaram me calar por diversas vezes, me perseguiram e agora, mais uma vez, o candidato dela [Moema], de forma machista, diz que vai calar a minha voz? É por que sou mulher? Porque o povo da cidade é que reclama dos buracos, e não apenas eu”, respondeu Débora.

A parlamentar ainda continuou, dizendo que mesmo trazendo duras críticas à gestão de Moema, nunca a ofendeu como mulher, pois é necessário separar as coisas. Além disso, reiterou que tem a mesma posição com aliados da base da prefeita, como o próprio Rosalvo.

“Minhas críticas são fortes e firmes, sim, mas nunca foram feitas no âmbito pessoal. Nunca falei que ia tapar a boca de ninguém. É esse o nível que o candidato da prefeita vai usar na campanha?”, perguntou.

Depois do ocorrido, a presidente do União Brasil Mulher Bahia, Iris Azi, divulgou uma nota de repúdio ao fato que sua correligionária sofreu. Ela afirmou que a fala de Rosalvo é carregada de machismo e misoginia, condenando o fato que, de acordo com a líder do grupo, é desrespeitoso e ameaçador a qualquer mulher.

Não podemos mais tolerar esse tipo de ataque misógino contra as mulheres na política. É lamentável e inaceitável que um pré-candidato use sua plataforma para propagar discursos de ódio e preconceito. Foi uma fala machista, misógina e carregada de violência política”, disse Iris.

O partido ainda declarou que prestará todo o apoio necessário a Débora Régis em relação a casos como esse, que podem ocorrer mais vezes durante a campanha eleitoral que decidirá o nome nome que vai chefiar o Executivo de Lauro de Freitas.

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