Em busca de “decisões participativas” junto aos partidos aliados, na fase da pré-campanha estadual ao governo baiano, o secretário da Casa Civil, Rui Costa (PT) candidato à linha sucessória do governador Jaques Wagner (PT), tentou afastar os rumores sobre a escolha do postulante a vice em sua chapa nas eleições de outubro. “Estamos conversando ainda. Essa decisão sairá no tempo correto, em março”, disse, ao negar que já tenha definido a indicação do PP para o posto, com o nome do deputado federal, Mário Negromonte.

O petista disse que a seleção do nome não será “precipitada”. “Não existe nenhum critério objetivo, mas será com muito diálogo que iremos decidir”, disse, sem sinalizar quais seriam as negociações.

Segundo Rui, não há ainda indicativo sobre qual nome o acompanhará na majoritária. Nos últimos dias, intensificaram os rumores de que o progressista Negromonte ganhou a disputa que travava com o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Nilo (PDT), para ser o indicado na vice.

Rui disse que “respeita” aqueles que opinaram sobre o assunto, mas o martelo ainda não foi batido. Sem querer melindrar as relações, o postulante elogiou os dois pleiteantes à vaga. “São dois nomes capazes, experientes, que podem contribuir muito com o sucesso do governo. A dificuldade está justamente no fato dos dois serem nomes capazes de desempenhar bem esse papel. Se não fosse assim seria mais fácil”, frisou. Segundo ele, depois do Carnaval, haverá um cenário mais claro e “uma solução que unifique todos os partidos será encontrada”. “Não haverá ruídos”.

A posição de Rui foi compartilhada pelo presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação. Ambos acreditam que a equação será solucionada, com resultados positivos para o grupo. O dirigente petista destacou ontem que há “uma legitimidade natural” do PDT e do PP em pleitear o espaço, mas, segundo ele, ainda há tempo para discutir a questão. “Se eu fosse comparar com uma bolsa de apostas e tivesse R$ 2 apostaria R$1 para cada um”, brincou.

Anunciação defende que há outros lugares que podem ser colocados em jogo, contemplando os aliados que ficarão de fora da composição “Temos outros espaços de poder na Bahia que podem ser partilhados. Cito a UPB e a Assembleia Legislativa”, disse.

Segundo ele, Nilo e Negromonte são “nomes extraordinários que podem enriquecer a chapa”. Porém, ao contrário de Rui, ele sugeriu que fórmulas serão analisadas no processo de escolha. “A soma do peso partidário e a relação de harmonia com todos. Mas não há uma preferência”, afirmou.

O presidente da Assembleia reagiu às conversas de bastidores que sinalizariam a definição pelo líder progressista para a vice. Em seu perfil no Twitter, ele citou deputados federais que o apoiariam para ocupar a vaga. Conforme o pedetista, estariam na lista, os deputados petistas Nelson Pelegrino, Afonso Florence, Amauri Teixeira, Waldenor Pereira, Josias Gomes e Valmir Assunção e ainda os republicanos José Rocha, que é presidente estadual do PR, e João Carlos Bacelar.

Do PSD, ele mencionou os deputados José Nunes, José Carlos Araújo e ainda Luiz Argôlo e Arthur Maia, ambos do Solidariedade. Desde o ano passado, o dirigente do Legislativo mobiliza um possível voo mais alto. O presidente nacional do PDT conversou com o governador Jaques Wagner e recentemente afirmou que o apoio a Rui só estaria fechado, caso Nilo conquistasse o espaço. As informações são do Tribuna da Bahia.