O governador da Bahia, Rui Costa (PT), e outros 15 gestores estaduais brasileiros assinaram uma carta na qual manifestam indignação em relação às fake news disseminadas no país. No documento divulgado na segunda-feira (29), eles apontam que as mentiras que circulam na internet visam criar instabilidade institucional nos Estados.

“Os Estados e todos os agentes públicos precisam de paz para prosseguir com o seu trabalho, salvando vidas e empregos. Estimular motins policiais, divulgar fake news, agredir governadores e adversários políticos, são procedimentos repugnantes, que não podem prosperar em um país livre e democrático”, é dito na carta dos políticos.

O grupo protestou ainda contra as supostas violações aos princípios de lealdade federativa que teriam sido cometidas por autoridades do Congresso, pedindo ajuda aos presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados para que tais atos sejam coibidos. Por fim, os governadores agradecem aos servidores públicos e demais profissionais que vêm atuando no combate à Covid-19.

A carta ainda conta com a assinatura de João Doria (São Paulo), Flávio Dino (Maranhão), Helder Barbalho (Pará), Paulo Câmara (Pernambuco), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul), Camilo Santana (Ceará), João Azevêdo (Paraíba), Renato Casagrande (Espírito Santo), Fátima Bezerra (Rio Grande do Norte), Welington Dias (Piauí), Belivaldo Chagas (Sergipe), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul) e Waldez Goés (Amapá).

O protesto dos gestores ocorreu no mesmo dia em que a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Bia Kicis (PSL-DF), afirmou em sua conta no twitter que o policial baleado no Farol da Barra era um herói, morto por se recusar a prender trabalhadores. A Polícia Militar da Bahia conta que dispararam contra o soldado visando apenas neutralizá-lo, já que este atirava com seu fuzil e vivia um “surto psicótico”.

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