Doações milionárias de empresas da iniciativa privada marcaram a corrida eleitoral na Bahia, em 2014, segundo o balanço da prestação de contas final divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A empresa que doou o maior montante foi a Cervejaria Petropolis S/A, proprietária da Itaipava e com fábrica inaugurada na Bahia em 2013. A cervejaria doou pouco mais de R$ 12.7 milhões. O governador eleito, Rui Costa (PT), foi o principal beneficiário das doações, arrecadando um montante de pouco mais de R$ 7 milhões. O candidato Paulo Souto (DEM), recebeu da empresa pouco mais de R$ 5.5 milhões. Já Lídice da Mata (PSB) arrecadou somente R$ 100 mil do grupo.
Na campanha de Rui, os grupos Candeias Energia (R$ 1.7 milhão), Queiroz Galvão (R$ 1,9 milhão), OAS (R$ 4.2 milhão), Ability Tecnologia (R$ 1.3 milhão) e Serveng (R$ 1.5 milhão) estão entre os maiores doadores da campanha do petista. Para o candidato Paulo Souto (DEM), os grupos Queiroz Galvão, com R$ 1,5 milhão, e Ability Teconologia, também com R$ 1,5 milhão, e o grupo de Hotéis Othon, com R$ 1 milhão, foram os maiores doadores.
Além dos grupos Petropolis, Queiroz Galvão e Ability Tecnologia, as construtoras OAS e Odebrecht, a petroquímica Braskem e o grupo Brasil Kirin tiveram doações de alto valor para mais de um candidato. A Odebrecht efetuou doações para Rui Costa (R$ 214 mil), Paulo Souto (R$ 300 mil) e Lídice da Mata (R$ 200 mil). A construtora OAS doou para a campanha de Rui e também para Lídice da Mata (R$ 250 mil). O grupo Braskem, uma empresa da holding Odebrecht, fez doações para Rui (R$ 729 mil) e Lídice (R$ 60 mil).
No caso da Brasil Kirin, o grupo que controla a marca Schin efetivou doações para Rui e Souto, no mesmo valor, de R$ 100 mil.