O Ministério Público do Trabalho (MPT) decidiu bloquear os bens do dono de uma escola, em Salvador, que mantinha um zelador em trabalho análogo à escravidão.
O homem, de 51 anos, que trabalhava como zelador em uma escola particular no bairro da Federação, foi resgatado, na semana passada, em situação análoga à escravidão. A vitima já estava no local há oito anos e nunca recebeu salário. Além do crime, a vítima acusa o antigo chefe de homofobia e intolerância religiosa.
O homem morava em um pequeno barraco nos fundos da escola, que fechou as portas em definitivo no no início da pandemia da Covid-19. Com isso, o imóvel ficou sem abastecimento de água e energia elétrica. O MPT entrou com um ação cautelar, pedindo o bloqueio do patrimônio do ex-patrão em até R$ 400 mil, além de liberação do Seguro Desemprego e pensão mensal enquanto durar o processo.
Uma decisão judicial determinou a religação do serviço de água e energia e proibiu o ex-patrão de vender o imóvel. A pensão mensal determinada é de R$ 540.