Vice-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, viaja para a Espanha com o objetivo de conhecer as propostas dos interessados para saber o pensamento deles e, posteriormente, pesar na balança o que vale mais: vender Neymar em julho para garantir algum lucro ou segurá-lo até o fim da Copa do Mundo de 2014, quando ele poderá sair sem render nada ao clube. A próxima janela de transferências será a última chance de o Peixe lucrar algo, já que a partir de janeiro o atacante poderá assinar um pré-contrato. Esta será justamente uma das pautas da próxima reunião do Comitê de Gestão. Barcelona e Real Madrid são os principais interessados no futebol de Neymar.
A avaliação interna é de que o dinheiro ganho com a venda imediata de Neymar terá de ser suficiente para o clube montar um time forte e continuar brigando por títulos, mesmo sem o camisa 11. A promessa é de preservar os interesses do Santos e não liberá-lo por quantias "irrisórias", que podem ser arrecadadas com receitas de patrocínio e TV, em função do valor da imagem do astro.
– Se nos falarem que pagam € 50 milhões (R$ 131 milhões) pela nossa parte (55%) e depois acertam o resto, aí nós vamos conversar – diz uma fonte do BAHIANOAR.COM.
A DIS, dona de 40%, e a Teisa, grupo formado por investidores ligados ao Santos e que possuem os 5% restantes, fecham a "pizza" da divisão de Neymar. A multa rescisória do contrato está avaliada em € 65 milhões (R$ 170,4 milhões).
Nesta segunda-feira, o jornal "As" afirma que o Real Madrid estaria oferecendo € 10 milhões (cerca de R$ 26,2 milhões) líquidos anuais – o mesmo salário do astro Cristiano Ronaldo e valor considerado teto do clube – em um contrato de seis anos para tentar convencer o astro santista. Antes do Barcelona entrar na briga pelo jogador, o Real pretendia pagar € 7 milhões (cerca de R$ 18,3 milhões).
Apesar do risco de perder Neymar sem lucrar um centavo, o Santos entende que não errou ao renovar o contrato do craque dessa forma até 2014. Os argumentos são o crescimento da torcida e os títulos conquistados nos últimos anos.
Após o pai de Neymar dizer que é a favor da saída do filho em julho de 2014, o sonho de renovar o vínculo até 2016 está cada vez mais distante. Como se não bastasse, a era do camisa 11 na Vila Belmiro pode acabar antes do que todos imaginavam.