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Durante entrevista na manhã desta quarta-feira, no programa Bahia No Ar, apresentado por Roque Santos, o médico da rede pública de Camaçari, Artur Sampaio, falou sobre a situação caótica da saúde na cidade e ironizou que a mesma não está na “UTI porque não existe vaga”. O médico falou também sobre o que poderia acontecer ao município caso as UPAS fossem realmente fechadas, conforme foi anunciado pelo governo na última semana

Atuando em Camaçari há 13 anos, o médico classificou como “desastre” e “crime”, o fechamento das unidades, visto que seriam desguarnecidos 42 km de orla e o único atendimento acontecia na UPA de Arembepe.

“Do jeito que a saúde se encontra, as Upas hoje são as únicas portas abertas que a população encontra. As Upas atendem e acolhe as pessoas que lhe procuram”, falou.

Na ocasião, Dr. Artur falou também sobre os principais desafios que a próxima gestão municipal vai encontrar a partir de janeiro. De acordo com o médico, muitas unidades precisam passar por uma reforma urgente, segundo ele, existem muitos problemas na estrutura física dos imóveis, como problemas na rede elétrica e hidráulica. Outro problema que precisa ser solucionado é a questão das cirurgias eletivas que não são realizadas no município.

Dr. Artur afirmou ainda, que o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está sucateado, segundo ele o munícipio hoje utiliza ambulâncias emprestadas de Salvador e o número 192 não está funcionando. “O Samu está desqualificado, sucateado. Nós tínhamos duas ambulâncias avançadas, que eram as UTIs móveis, tínhamos quatro unidades básicas e duas moto ambulâncias, hoje é inacreditável, mas nenhuma dessas unidades estão funcionando”, falou.

O médico criticou ainda a retirada do Samu da entrada da Via Parafuso, que de acordo com ele era um ponto estratégico, para o bairro da Bomba e atribuiu a demora do atendimento a mudança. Ainda durante a entrevista, Dr. Artur falou sobre outros problemas da rede e acrescentou que o servidores da saúde não podem trabalhar improvisando, porque saúde é prioridade e a vida da população que está em jogo.

Confira o áudio completo da entrevista:

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