O verão é a estação mais esperada do ano. Para aqueles que gostam de praia o período mais quente do ano é o momento certo para aproveitar a água do mar. Quem também se anima nessa época é um vilão bastante conhecido entre nós: o mosquito da dengue.

Historicamente o mês de janeiro registra o maior índice de infestação do mosquito. Isso por conta das condições ambientais e do comportamento das pessoas. Por isso a Secretaria Municipal de saúde de Camaçari realiza entre os dias 2 e 6 de janeiro do ano que vem, o primeiro levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti.

O diretor da Vigilância Sanitária de Camaçari, Marcos Nogueira, afirma que o trabalho dos 250 agentes de endemias é suficiente para combater a dengue no município. “A prefeitura contratou mais de duzentos agentes de saúde que vão estar nas fazendo palestras, visitando as residências e evitando que os focos da dengue se fortaleçam no município”, diz.

A participação da população no combate ao mosquito parece estar garantida. Ezequiel Santos Filho, morador do Phoc I, já está até ensinando como enfrentar o vírus. “A pessoa tem que tampar o tanque, se tiver, não deixar garrafa com a boca pra cima, não deixar água parada em pneu, nem em outro lugar”, explica.

A comerciante Isabel Cristina também está fazendo a sua parte. “Lá em casa ninguém nunca teve dengue, mesmo assim eu tomo todo cuidado para não dar chance de o mosquito da dengue deixar seus ovos em vasos de planta, baldes ou pneu”, afirma.

Nogueira explica que a maior preocupação é a dengue tipo 4. “A diferença desse vírus é que ele não aparece no Brasil há muito tempo. Por conta disso, as pessoas vão estar mais suscetíveis a doença”, ressalta.

Segundo Nogueira, o índice de foco da dengue no município seria menor se a água potável fosse regular em todos os bairros. “Como Camaçari ainda tem um grande problema em regularizar a água em todos os bairros, muita gente usa o tanque ou o tonel para armazenar água. E é aí que o mosquito atua. Na água limpa, parada”, explica.