O número de hospitalizados, após o tumulto que causou nove mortes em um baile funk em Paraisópolis, Zona Sul da capital paulista, subiu novamente, passando de 7 para 12, conforme informações atualizadas nesta manhã de segunda-feira (2), pela Secretaria Municipal de Saúde. No domingo (1°), uma mulher continuava internada.

Segundo informações policias, as nove mortes na madrugada do domingo foram motivadas durante uma perseguição policial com tiros dentro da festa. Dois homens atiraram contra policiais e correram para dentro do baile funk, que no momento da festa contava com a presença de aproximadamente de 5 mil pessoas.

Na noite de ontem, com cartazes nas mãos e gritos de “Justiça!”, moradores protestaram na comunidade, considerada a segunda maior de São Paulo e a quinta do Brasil, com cerca de 100 mil habitantes. A manifestação foi pacífica.

A mãe de uma adolescente de 17 anos, ferida com uma garrafa durante o tumulto, contou ao G1 que a ação policial foi, na verdade, uma emboscada contra as pessoas que estavam no baile.

A Polícia Civil começará a ouvir testemunhas hoje, que incluem frequentadores do baile, parentes de vítimas e outros policiais que ajudaram a socorrer os feridos.

Ainda segundo a polícia, agentes do 16º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) realizavam uma operação, batizada de ‘Operação Pancadão’ na comunidade quando foram alvo de tiros disparados por dois homens em uma motocicleta.

A dupla teria fugido em direção ao baile funk ainda atirando, o que acabou provocando toda confusão.

O governador João Doria (PSDB) lamentou as mortes e solicitou “apuração rigorosa” do episódio. Em entrevista à GloboNews, a diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, Carolina Ricardo, destacou que a polícia tem de prestar contas do que ocorreu “sem medo de assumir um erro caso tenha havido”.

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