O secretário de Relações Institucionais de Camaçari, Anderson Santos, foi recentemente vítima de crime na internet. Um perfil falso foi criado no Facebook, onde foram postadas informações improcedentes sobre o secretário, entre elas a de que Anderson responde por crime contra o patrimônio.
O caso foi denunciado à polícia e através de investigações conduzidas pelo delegado e coordenador do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes Eletrônicos (GME), Charles Antônio Leão Gomes, foi descoberto que dados sigilosos do Infoseg haviam sido acessados indevidamente por um policial lotado na 10ª Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (SPRF), em Ilhéus.
Foi instaurado um inquérito por crime de violação de segredo profissional, conforme artigo 154 do Código Penal.Contactado, o policial rodoviário federal informou que acessou a ferramenta exclusiva da atividade, a pedido de um amigo. O policial pesquisou a vida pregressa de quatro nomes listados pelo amigo, entre eles o do secretário Anderson Santos. Porém, os dados encontrados pelo policial e repassados via e-mail para solicitante, eram de um homônimo, ou seja, de uma pessoa com o mesmo nome do secretário.
Com os dados do homônimo do secretário, contra o qual constam passagens pela polícia, foi criado o perfil falso na rede social. A continuidade das investigações fez com que o delegado Charles Leão chegasse até o nome do solicitante, que já havia trabalhado com Anderson Santos, quando o então secretário estava a frente da Superintendência de Trânsito e Transporte (STT) de Camaçari.
Foi descoberto ainda que mais duas pessoas estão envolvidas na fraude contra o secretário Anderson, sendo elas Fernando Cláudio Guimarães Moreira, assessor parlamentar da Câmara Municipal de Camaçari, e Cleiton dos Santos Pereira, agente de fiscalização de trânsito da cidade. O delegado afirma que o gestor não tem passagem pela polícia e que o crime tem cunho político
Fernando Cláudio e Cleiton dos Santos, apontados como criadores do falso perfil serão indiciados por crime contra a honra. O amigo do policial e solicitante da pesquisa, que atualmente está em São Paulo, informou ao delegado Charles Leão que a advogada entrará em contato. O delegado aponta ainda que o indiciamento do policial vai ser comunicado à própria PRF, que vai decidir se o afasta ou não.