Funcionários e direção da Bahiagás, concessionária estadual dos serviços de distribuição de gás natural canalizado, se reuniram na tarde desta segunda-feira (24), para tentar acordo que poderá dar fim aos seis dias de greve da categoria.

Mediada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) na Bahia, a reunião conta com participação do Sindicato dos Químicos da Bahia (Sindiquímica) e trabalhadores, que seguiram da unidade da empresa, no Stiep, para a sede do MPT, na Vitória, onde aguardam os resultados das negociações.

Na última sexta-feira (21), a categoria realizou uma manifestação na Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Seinfra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), que, segundo o Sindiquímica, “tinha como objetivo solicitar a intervenção do secretário da pasta, Marcus Cavalcanti, na abertura de um canal de negociação com o diretor-presidente da Bahiagás, Luiz Gavazza”. O sindicato denuncia que a empresa tem pressionado os trabalhadores para findar a greve.

De acordo com o diretor do Sindiquímica-BA, Carlos Itaparica, a greve acontece pela falta de avanços na campanha salarial. “Negociamos desde abril com a Bahiagás, mas, até agora, estamos sem resultados para a categoria”, denuncia o diretor. Os trabalhadores reivindicam a inflação do período e 2,38% de ganho real, salário educação para os funcionários e cesta básica, dentre outros itens. “A companhia só oferece a inflação do período e nada mais”, completa.

A greve atinge as unidades da empresa distribuídas nas cidades de Salvador, Camaçari, Feira de Santana, Itabuna, Mucuri e Eunapólis e afeta a distribuição de gás no estado. Em carta publicada na última quarta-feira (19), o Sindiquímica esclareceu sobre a deflagração do movimento: “Os trabalhadores, aqui representados pelo seu sindicato, reiteram o compromisso de manter um movimento pacífico, seguindo os trâmites legais e judiciais, além da manutenção dos serviços essenciais em respeito à sociedade”.

*Fonte: Ascom Sindiquímica