Dados do projeto Our World in Data, baseado na Universidade de Oxford e financiado pela Fundação Bill e Melinda Gates, apontam que os países que não conseguem testar parcela maior da população para Covid-19 estão subestimando a presença do vírus. Afetado com a transmissão comunitária, o Brasil está incluído na lista. Ou seja, o número de infectados é muito maior que o divulgado pelos governos federal, estaduais e prefeituras.

De acordo com O Globo, o trabalho que compilou dados nacionais mescla relatórios oficiais com fontes de informação alternativa, e é um termômetro ainda impreciso da situação global, mas é a primeira iniciativa do tipo feita no mundo. Como países só são obrigados a relatar casos positivos, ainda não há dados oficiais para estimar as diferenças, por isso o grupo britânico buscou uma maneira alternativa.

Ainda segundo a publicação, entre 59 países que relataram o número de testes sendo realizado por habitante, o Brasil ficou na 53ª posição: apenas 13,7 pessoas por milhão de habitantes haviam sido testadas até o meio de março — cerca de 3 mil testes, número que o governo relatou à imprensa na época.
A lista não pode ser considerada um ranking, porque não existem dados em muitos países que abrigam o novo coronavírus, mas o número brasileiro é baixo. O Reino Unido, por exemplo, testou 960 pessoas por milhão de habitantes até aquela data. A Coreia do Sul testou 6.148.

Dados oficiais apontam que os Estados Unidos concentram mais casos da doença, com 81.378 pacientes. Em seguida vem China com 81.340 casos e a Itália em terceiro com 80.539. No Brasil são 2.201 casos confirmados.

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