A avenida Luiz Tarquínio Pontes, na entrada de Vilas do Atlântico, voltará a ter sentido duplo no trânsito, conforme estudo apresentado pela prefeita Moema Gramacho a comerciantes e moradores da avenida e entorno.
A proposta estabelece como condicionantes horário para carga e descarga e a proibição de estacionamento ao longo do meio fio.
As transversais continuam com sentido único, conforme projeto atual.
A decisão foi tomada em assembleia com maioria de comerciantes da Luiz Tarquínio – embora tenha sido feita convocação ampla em toda a região – na noite da última quinta-feira (09).
Ficou definido ainda que a alteração terá caráter experimental e um prazo de implantação de 45 a 60 dias.
De acordo com técnicos da Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT), será necessária a realização de algumas obras e relocação de semáforos.
“Foi uma decisão democrática.
Convocamos a todos para opinar e votar; ouvimos comerciantes e moradores que decidiram por votação o retorno à mão dupla.
Se ficar comprovado que a queda nas vendas foi causada pela mão única, como argumentaram os lojistas, o sentido duplo será mantido”, enfatiza a prefeita.
Em minoria na assembleia, moradores de Vilas do Atlântico, Buraquinho, Miragem e condomínios próximos, aprovavam a mudança, que deu maior fluidez ao trânsito e reduziu a um terço o tempo do trajeto até o centro da cidade.
A alteração no trânsito da Luiz Tarquínio Pontes vinha sendo solicitada à administração municipal desde 2005 por moradores de Vilas do Atlântico e alguns comerciantes que se sentiam prejudicados pelos engarrafamentos constantes, com reflexo em toda a região.
A implantação da mão única, em dezembro de 2010, foi precedida de amplo estudo de fluxo de veículos, de alternativas e de impacto no entorno, por empresa especializada.
A prefeitura também realizou três audiências públicas amplamente divulgadas em carro de som, faixas e convites loja a loja, em que o sentido único foi aprovado.
“A mão única atendia a um pleito da população e só foi implementada após criteriosa avaliação técnica, porque buscávamos o melhor para a população e vamos continuar visando ao melhor”, destaca a prefeita.
Mesmo entendendo que a medida correta é o sentido único, a prefeita revela que optou por atender ao pleito da maioria, que preferiu continuar com os engarrafamentos do que prejudicar o comércio.
“Uma vez estabelecida a mão dupla, resta comprovar se o comércio se recupera e se a mudança tinha, de fato, tanta interferência”.
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