Em entrevista ao Bahia no Ar na manhã desta quinta-feira, a Associação Beneficente Cultural e de Desenvolvimento Social dos Povos Ciganos do Brasil (ABECC), através do seu diretor, Rogério Ribeiro, relatou que estão em frequente contato com as autoridades para combater uma possível ‘onda’ de sequestros contra os povos ciganos.

”Temos uma reunião na próxima quarta-feira com o secretário de Segurança Pública, com a equipe do Draco (Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado) e o Ministério Público, temos que dar um basta nisso, virou um comércio, nós [ciganos] não somos mercadorias”, disse Rogério.

Segundo ele, sequestro de cigano ‘virou moda’ na Bahia. ”Só em 2022 foram vinte sequestros. Esse ano já foram dois, além de uma tentativa de homicídio. Virou comércio ilegal”, completou.

Ainda conforme o diretor da ABECC, a nomeada ‘cultura do B.O’ acaba contribuindo para a proliferação desse crime.

”O sequestrador faz a ligação já ameaçando para não comunicarem a polícia militar do sequestro. Acreditamos na participação de outros ciganos e ex-policiais nesses sequestros, eles indicam outros ciganos que possuem dinheiro como alvo. Se acontecer alguma coisa, tem que registrar o boletim de ocorrência, alertar as autoridades”, finalizou o diretor. 

Na noite da última quarta-feira, um adolescente cigano foi sequestrado no Loteamento Montenegro, próximo ao Parque das Mangabas, em Camaçari.

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