Na manhã desta sexta-feira (4), a Polícia Federal deflagrou a Operação Compra de Voto, cumprindo três mandados de busca e apreensão na cidade de Caraíbas, no sudoeste da Bahia.

A investigação teve início após denúncias recebidas pelo Ministério Público Eleitoral, que incluiu áudios de uma suposta servidora pública de Caraíbas. Nos áudios, ela oferece R$ 800 a um eleitor para que vote em determinado candidato a prefeito, prometendo, caso o candidato vença, garantir um emprego para ele.

Os áudios revelam que o pagamento seria dividido em duas parcelas de R$ 400. A suposta servidora também menciona que, se o eleitor conhecesse outras pessoas interessadas, poderia indicá-las. Além disso, há discussões sobre o fornecimento de combustível e o pagamento de passagens para eleitores de outras cidades se deslocarem a Caraíbas para votar.

Investigações indicam o possível envolvimento de outro servidor da prefeitura, para quem um dos mandados de busca foi cumprido. Este também estaria supostamente negociando valores para a compra de votos.

As condutas investigadas podem configurar os crimes de compra de votos, conforme o artigo 299 do Código Eleitoral, com pena de até 4 anos de reclusão e multa; e captação ilícita de sufrágio, conforme o artigo 41-A da Lei das Eleições, que prevê multa e possível cassação do registro ou diploma.

O material apreendido será analisado, e a investigação continuará com a implementação de outras diligências para apurar a eventual participação de outros envolvidos nos atos ilícitos.

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