Enquanto no auditório da Cidade do Saber acontecia a entrega de mochilas eco-sustentáveis e o encerramento do Programa Ford de Educação para Jovens, com entrega dos diplomas aos jovens concluintes, do lado de fora do auditório, servidores municipais realizavam protesto a favor do reajuste salarial. A manifestação deu inicio às 10h30, da manhã desta segunda-feira (04). Policiais militares estiveram do lado de fora do local caso houvessem excessos.
Apitaço, gritos de ordem e cartazes assustaram a comitiva de presidentes da Ford, além de autoridade municipais, inclusive o prefeito Ademar Delgado que precisou sair pelas portas do fundo do espaço. Segundo informações, o prefeito temia um cara a cara com os servidores de diversas secretarias municipais, que há oito dias levantaram a bandeira pela luta a favor do reajuste e melhorias trabalhista da categoria.
De acordo com informações de um servidor público o Sindicato dos Servidores Público Municipal (Sindsec) entregou ao prefeito uma pauta de campanha salarial em outubro do ano passado. “Nossa data base é primeiro de abril, sendo que completaram seis meses e o prefeito não sabe o que fazer, alegando que há uma crise em Camaçari, mas a verdade é que não existe crise em Camaçari, pois os relatórios orçamentário de cidade só crescem, na contramão da “crise econômica”, declara Edimilson Jesus da Dores .
O servidor ressalta que a secretária de governo, Jailce Andrade, também pré-candidata a prefeitura de Camaçari não presta nenhum esclarecimento sobre a situação salarial dos servidores. “A secretária Jailce não aparece para discutir essa relação entre o governo municipal e o servidor, ela precisa esclarecer o que houve com essa folha de pagamento e qual a proposta”, frisa.
O presidente Sindsec, Silval Cerqueira afirma em entrevista ao Portal Bahia no Ar que a greve foi aprovada por unanimidade e que, até o momento o governo municipal não se posicionou sobre o reajuste salarial de 18%, que foi proposto pela categoria. ”Estamos de portas abertas para conversar com o governo, sabendo que é inadmissível 0% de reajuste”, afirma.
A categoria permanece em greve por tempo indeterminado, aguardando uma posição do governo municipal.