A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) voltou atrás e descartou a confirmação do primeiro caso de varíola dos macacos na cidade de Ilhéus, no sul baiano. Em nota, a pasta informou que dados atualizados até as 15 horas desta terça-feira (26) registram que o estado permanece com o total de 5 casos da doença, todos notificados em Salvador até agora.
“Ressalta-se que após revisão dos laudos laboratoriais, todos os casos confirmados são residentes do município de Salvador, excluindo assim, a confirmação inicial do caso no município de Ilhéus”, esclareceu a Sesab.
Ao todo, 38 casos suspeitos aguardam diagnóstico laboratorial. Os casos em investigação são dos municípios de Barra (1), Ibicaraí (2), Ilhéus (2), Laje (1), Lauro de Freitas (1), Mutuípe (3), Porto Seguro (1), Salvador (18), Santa Cruz Cabrália (1), Santo Antônio de Jesus (3), São Gonçalo dos Campos (1), São Miguel das Matas (1) e Vitória da Conquista (3).
A varíola dos macacos é causada pelo monkeypox, um vírus do gênero orthopoxvirus, que se assemelha à varíola humana, erradicada em 1980. A doença causa febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. A infecção é autolimitada, com sintomas que duram de 2 a 4 semanas, e pode ser dividida em dois períodos: invasão, que dura entre 0 e 5 dias, com febre, cefaleia, mialgia, dor das costas e astenia intensa.
A erupção cutânea começa entre 1 e 3 dias após o aparecimento da febre e tem características clínicas semelhantes à varicela (catapora) ou sífilis, com diferença na evolução uniforme das lesões.