Na manhã desta quarta-feira (23/9), a primeira edição do programa Bahia No Ar (Rádio Sucesso 93.1 / rádio Metropolitana Web) recebeu o deputado estadual e pré-candidato à prefeitura de Simões Filho, Eduardo Alencar (PSD).

Eduardo, que já foi prefeito do município por quatro mandatos, se defendeu das informações de que ele teria deixado uma dívida de, aproximadamente, R$ 300 milhões durante sua última administração (2013-2016). Os dados fazem parte de um Relatório Conclusivo de Transição, que foi apresentado à Câmara Municipal de Vereadores em 2017.

“Ótima oportunidade para esclarecer isso. O prefeito atual [Diógenes Tolentino, Dinha] bradou que deixei dívidas. Primeiro era duzentos e trinta milhões e depois passou para mais de trezentos milhões. É bom deixar claro que existe hoje a dívida previdenciária, com o INSS, de gestões antigas que deixaram dívidas. Na gestão de Edson Almeida, ele trabalhou os quatro anos sem pagar a previdência, ele não pagava a previdência e entrava com uma liminar. Essas dívidas na União não prescrevem. […] Eu peguei toda a dívida que tinha e pagava mês a mês, consegui sanar algumas dívidas e ficou alguns valores menores, que a nossa equipe falhou em detectar. Mas, a dívida existe, não foi minha e não é no valor que foi dito, de mais de trezentos milhões, não vou transferir a responsabilidade para mim”, afirmou Alencar.

“Existem dois ofícios meus na Câmara de Vereadores, onde me prontifiquei para prestar esclarecimentos, mas nunca fui chamado. Quem deixa dívidas ia fazer isso? […] Minhas contas, inclusive, foram aprovadas, conforme o artigo quarenta e dois”, acrescentou.

Entre as preocupações dos agentes políticos em ano de encerramento de mandato, está o cumprimento do artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) 101/2000, citado por Alencar. Nos últimos dois quadrimestres de gestão, não se pode contrair obrigação de despesa que não possa ser paga integralmente dentro do exercício ou sem que haja suficiente disponibilidade de caixa para pagar essas despesas no exercício seguinte.

Ao longo da entrevista, Eduardo também falou sobre sua atuação em 2009, definida por ele como “difícil” e “complicada”.

“Em 2009, quando assumi, peguei a cidade em uma situação difícil, complicada. Assumi para regularizar a cidade, passei mais de três anos regularizando, fiz obras importantíssimas. Foi quando veio aquela crise no governo de Dilma […] Muitas obras foram prejudicadas, mas mesmo assim fizemos muito, e tudo com recursos próprios; ou fazia com dinheiro municipal ou com dinheiro do Governo do Estado, não tomamos nenhum empréstimo […] Eu fiz aquilo que estava ao meu alcance, ao alcance das finanças de Simões Filho”, afirmou.

Propostas

Entre as propostas de campanha citadas por Alencar está a construção de uma nova rodoviária na cidade. De acordo com o pré-candidato, o projeto é um desejo antigo.

“A rodoviária de Simões Filho não suporta mais a população atual. Fizemos um projeto naquela época [2009] para levar a rodoviária onde hoje funciona a Polícia Rodoviária, na BR-324 […] A Polícia Rodoviária passaria para um local próximo ao pedágio”, revelou Eduardo.

Eduardo Alencar ainda relatou como foi o processo de escolha do nome dele para disputar as eleições municipais deste ano de 2020 pelo Partido Social Democrático (PSD).

“Chega um momento que você tem que tomar uma decisão política. Pelo PSD poderia sair diversos candidatos, que estão qualificados, mas eles não se habilitaram […] Simões Filho é uma cidade que me abraçou, ser prefeito por quatro vezes não é fácil, mas não ia deixar a sigla sem um representante”, disse.

Histórico

Eduardo Alencar, que é formado em medicina com especialização em ortopedia, foi vereador em Simões Filho no período 1989-1992. Eleito prefeito em 1992 para o período 1993-1996, eleito novamente em 2000 para o período 2001-2004, em 2008 para o período 2009-2012 e reeleito em 2012 para o período 2013-2016.

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