Da Roça está preso há dois meses, mas foi apresentado somente esta semana à imprensa, depois de ser ouvido durante este período na 5ª Delegacia Territorial.

Ele disse nunca ter matado pessoas inocentes. "Todos eram envolvidos no tráfico”, afirmou. Apesar de fazer suas vítimas em Ilha de São João, área sob a responsabilidade da 8ª Delegacia Territorial (CIA), Da Roça desovava os corpos na região de Paripe, área da 5ª DT. Segundo ele, esta era a estratégia para não chamar a atenção dos policiais da 8ª DT para o tráfico em Ilha de São João.

Da Roça ficava com o corpo por mais de 10 horas, esperando o momento de fazer a desova. "Ele é muito frio, cruel”, afirma o titular da 5ª DT, Antonio Carlos Magalhães Santos, que conseguiu formalizar oito dos 14 homicídios. “As outras vítimas ele só conhece pelo apelido”.

Da Roça disse que há 10 meses converteu-se ao evangelho. Ele foi preso na porta de casa, em Fazenda Coutos, e não resistiu à prisão.