Não bastasse a indignação causada pelo problema pessoal que torna necessária a busca por auxílio e orientação jurídica, os cidadãos de Simões Filho ainda sofrem com uma grande dificuldade para conseguiu ser atendido na unidade da Defensoria Pública do Estado instalada no município.

Na manhã desta sexta-feira (10), aproximadamente 500 pessoas aguardavam pela entrega das 90 fichas anunciadas pelos servidores. A disparidade entre demanda e oferta preocupa, já que grande parte dos usuários precisou dormir em frente ao órgão, exposto ao tempo e à insegurança, para conseguiu os primeiros lugares da fila.

A maioria das pessoas se dirigiu à Defensoria Pública, no centro de Simões Filho, na esperança de conseguir resolver questões relacionadas a divórcio litigioso, principalmente pensão alimentícia. É o caso de dona Taiane, moradora do bairro Cristo Rei, que chegou ao local às 22h do dia anterior. “Passei a noite praticamente encostada no lixo, isso é um desrespeito para com os cidadãos, uma humilhação”, definiu.

Outra senhora, que preferiu não se identificar, também manifestou seu descontentamento diante do transtorno que precisa enfrentar para tentar ser atendida na Defensoria Pública. “É muito revoltante ver que o órgão que deveria nos atender nos trata dessa forma. As portas estão fechadas, ninguém sai pra dar uma explicação. Eu estive aqui há três meses e me disseram que o atendimento só no dia 10 de novembro. Olha pra essa fila. Deveria ter um sistema de agendamento”, sugeriu.

A reportagem do Bahia no Ar entrou em contato com os responsáveis pela unidade da Defensoria Pública em Simões Filho e foi informada que só poderiam atender a solicitação de esclarecimentos na terça-feira (14).

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