Após ficar alguns meses afastado da vida política na Região Metropolitana de Salvador, estou voltando com todo gás. Afastado, mas não desinformado, estou atento aos principais acontecimentos da RMS. Vou começar falando da letargia que se encontram as câmaras de vereadores, em especial a Simões Filho. O povo consciente deve ter uma tremenda decepção com a escolha dos políticos daquela cidade. Entra ano, saí ano, e nada acontece. Vereadores parados parecendo mais funcionários do prefeito.

Falando em vereadores, cadê a oposição de Simões Filho? Será que só existe oposição no mês de eleição? Aliás, nem sei mais quem é oposição. O vereador Élio, sem H, não aguentou sentir o cheiro do poder e resolveu pular para os braços de Dr. Alencar. O resto, sinceramente não sei.

Cabe ao vereador mostrar os problemas da comunidade e buscar providências junto aos órgãos competentes. Cabe-lhe também a função de fiscalizar as contas do Poder Executivo Municipal e do próprio Legislativo. Um dos pré-requisitos básicos da democracia é a existência de um Poder Legislativo forte e independente. Sem isso, a democracia é capenga.

Não quero acreditar que esteja acontecendo em Simões Filho o que já acontece em vários municípios brasileiros. Quando os vereadores estão mais para assessores dos prefeitos do que para representantes do povo. Os chefes do poder executivo detem a maioria dos vereadores, os quais mantêm com um “empreguinho” para a esposa, um benefício aqui, outro ali. E assim, o edil fica cada vez mais distante do verdadeiro papel do vereador, passando a ser apenas mais um encabrestado, boneco de marionete.

O Vereador deve ser independente, atuante, polêmico, e deve sempre ter a coragem de concordar com o que considerar certo e discordar do que considerar que esteja errado.

Roque Santos

Radialista e estudante de direito.