Uma ação de fiscalização nesta terça-feira (19), notificou a empresa Internacional Travessias, responsável pelo sistema ferry-boat, no Terminal de São Joaquim, em Salvador. A ação foi feita por diversos órgãos, entre eles a Anvisa e a Defesa Civil.

Diversos aspectos, como questões de acessibilidade e limpeza, foram fiscalizados. A informação é da promotora Leila Adriana Seijo, titular da 2ª Promotoria do Consumidor do Ministério Público da Bahia,

“Foram observadas questões de limpeza muito graves, a conservação das embarcações deixa muito a desejar, assim como as questões de acessibilidade”, afirmou.

Ainda segundo a promotora, outro problema observado é a falta de proteção contra a chuva para os pedestres que precisam acessar a embarcação.

Em janeiro, a empresa que administra a operação do ferry, foi notificada pela Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon) da capital baiana e entrou na mira do prefeito Bruno Reis, que prometeu interditar o sistema marítimo caso o serviço não apresente melhora.

Quem monitora a situação do ferry-boat é a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), órgão diretamente vinculado à Secretaria de Infraestrutura da Bahia (Seinfra). Em resposta, o titular da Seinfra, Sergio Brito, falou sobre as condições do sistema e das embarcações. O secretário admite que o serviço prestado pela ITS apresenta diversas falhas e que o governo da Bahia tem trabalhado para melhorar o “serviço interno”.

“Eu acho que foi uma declaração muito infeliz do gestor executivo municipal. O ferry-boat todo mundo sabe, ninguém vai esconder aqui, que tem muitas falhas. Inclusive a Agerba, que tem a sua independência, tem notificado insistentemente a ITS para melhorar o serviço. Isso é um fato muito claro. O que o governo do Estado, através da Seinfra, está fazendo: em 2023 nós investimos mais de R$ 25 milhões no sistema ferry-boat com as dragagens e também os flutuantes. E abrimos uma licitação para a compra de um ferry-boat de 160 veículos, mais de mil pessoas na travessia. Isso é um investimento entre 35 e 40 milhões de reais”, disse na época.

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