O novo smartphone Moto X, primeiro aparelho totalmente desenvolvido pelo Google e pela Motorola Mobility – empresa adquirida pelo Google no ano passado -, começa a ser oferecido no Brasil em pré-venda a partir desta terça-feira (3) pelo preço de R$ 1,8 mil.
O Moto X vendido no Brasil é produzido localmente na unidade industrial da Motorola, em Jaguariúna, no interior de São Paulo.
O novo smartphone, que foi anunciado mundialmente no dia 1º de agosto, estará em pré-venda nas principais lojas do varejo e operadoras do país durante 15 dias e, após esse período, começa a ser vendido, de acordo com a empresa.
O aparelho com sistema operacional Android 4.2 tem tela de 4,7 polegadas, design curvo e o grande destaque é o comando de voz, que tem um chip dedicado à funcionalidade.
O sistema de escuta passiva fará o reconhecimento da voz do dono para a execução de tarefas como realizar uma busca na internet, e a identificação de gestos para ativar a câmera, checar a temperatura e definir itinerários.
No Brasil, o celular irá aceitar comandos de voz em português. Para fazer uma chamada, por exemplo, o usuário precisa dizer "OK Google Now, ligar para Ana". Para obter direções, o usuário diz "Ok Google Now, navegar para o aeroporto de Congonhas".
A funcionalidade evita que a pessoa tenha de tocar diversas vezes na tela do celular para acessar contatos ou digitar endereços no aplicativo de mapas.
"O ponto forte do Moto X é que ele remove barreiras para que qualquer pessoa possa usá-lo e se encantar com ele", disse Guy Kawasaki, consultor da Motorola e ex-evangelista de produtos da Apple, durante o lançamento do aparelho nesta terça-feira, em São Paulo. O ecossistema do Google e da Motorola, segundo ele, é outro ponto positivo para o sucesso do aparelho.
O acesso rápido à câmera é outra característica do Moto X. Basta agitar o smartphone para acionar a câmera e fazer a foto tocando em qualquer ponto da tela. O acesso por comandos de voz também ajuda para responder a mensagens quando se está dirigindo, por exemplo, ou a atender ligações em viva-voz. O celular identifica quando o usuário está em movimento e já oferece opções para evitar ter que atender o celular quando se está dirigindo.
Outro destaque está nas notificações na tela do aparelho. Para economizar bateria, elas aparecem usando poucos pixels da tela e o usuário pode ter uma prévia sem precisar acessar o aplicativo da mensagem, do WhatsApp ou do Gmail, por exemplo. Ao retirar o celular do bolso, o relógio aparece na tela – tudo para economizar bateria, que deve durar um dia inteiro de uso, segundo a Motorola.
De acordo com o executivo de marketing da Motorola Brasil, Rodrigo Vidigal, o Moto X tem um chip de reconhecimento de voz em português criado pela empresa no país. "Isso permite dar comandos de voz sem precisar tocar no aparelho e economizar uso da bateria", afirma. Outro chip controla os sensores como movimentos e GPS.
Kawasaki disse que mudou dos aparelhos iOS, da Apple, onde trabalhou, porque considera os aparelhos melhores e o sistema Android mais fácil de usar. "Tudo é melhor. O sistema com todos os aplicativos rodando ao mesmo tempo, os programas fáceis de se encontrar. Tudo é mais fácil e mais rápido".
Na avaliação do consultor, as pessoas não compram mais smartphones pelas especificações e, sim, pela unidade do aparelho.
Ao anunciar o Moto X no início de agosto, o Google informou que o celular chegará entre o fim de agosto e começo de setembro aos Estados Unidos, Canadá e a países da América Latina, de acordo com a Motorola, que não especificou se o Brasil está incluso. Nas lojas norte-americanas, o aparelho com memória de 16 Gigabytes será vendido por US$ 199.
O usuário poderá escolher duas cores para o case do smartphone, entre 18 opções, uma para os botões, entre sete, e uma para o círculo em torno da câmera. Contando a possibilidade de escolher entre as memórias internas de 16 GB e 32 GB, serão 504 modelos diferentes.
*G1.