Nesta segunda-feira (30), dois sócios da empresa que representa o Vitória no caso de direitos de imagem de artesã baiana foram presos após o cumprimento de mandados de prisão pela Polícia Civil de Minas Gerais. A ação é parte da Operação Verita Visus, que acontece no município de Santos Dumont, em Minas Gerais.

De acordo com informações, as investigações iniciaram a parti de denúncias de vítimas que relataram terem sido extorquidas pela empresa NoFake, que notificou extrajudicialmente pessoas ou empresas que não estão licenciados para comercializar produtos com a marca dos seus representantes.

Além dos dois sócios da NoFake, um homem de 30 anos e uma mulher de 26 também foram presos. Mandados de busca e apreensão foram expedidos para a sede da empresa e residência dos investigados.

RELEMBRE O CASO

O Vitória notificou extrajudicialmente a artesã Patrícia França por fazer uma festa de aniversário que trazia o clube como tema. A medida polêmica chegou à profissional, moradora do bairro Pau da Lima, em Salvador, no dia 14 de agosto.

O time rubro-negro cobra de Patrícia uma espécie de multa no valor de R$ 1600, pelo uso indevido e não autorizado da marca. Além disso, por divulgar as peças produzidas em seu Instagram, a artesã teve a sua conta derrubada, a pedido do Vitória.

A notícia foi divulgada pelo portal Bnews, que ainda detalhou que a festa aconteceu no mês de março, e que teria sido encomenda dos clientes. Ela produziu caixinhas – que traz o escudo e o mascote leão – para servirem como embalagens de lembrancinhas para os convidados.

Segundo ela, em entrevista ao site, cada uma custou cerca de R$ 1,60, ou seja, a multa cobrada é mil vezes maior do que isso. “É uma rede que eu trabalho, só mostro. Minha renda mensal não chega nem sequer a um salário“, explicou Patrícia.

Ao saber da notificação, a artesã entrou em contato com a empresa NoFake, que representa o Vitória neste caso, e tentou mediar uma possível solução, sem que precisasse pagar o valor. Como resposta, recebeu que não adiantaria nada e que era necessário pagar os R$ 1600, caso quisesse ter de volta a sua conta na rede social.

Procurada, a NoFake disse daria detalhes sobre o processo. O Vitória confirmou a representação de direito de marca, no entanto, também preferiu não dar mais informações.

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