O professor de direito e presidente da subseção de Camaçari da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Paulo Carneiro, participou na manhã desta quarta-feira (10), ao vivo, do programa Bahia no Ar. No bate-papo com o radialista Roque Santos, Paulo opinou sobre a decisão de anulação dos processos criminais contra o ex-presidente Lula (PT), parcialidade do ex-juiz Sergio Moro e a crise política envolvendo o judiciário brasileiro.
Para começar, o presidente deixou claro que Moro cometeu ao longo do processo da Lava Jato diversas irregularidades, como o levantamento de sigilo de ligações entre Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), o que é ilegal, já que as investigações estavam em andamento.
Além disso, Paulo Carneiro reforça que o Supremo Tribunal Federal (STF), já havia dado como incompetente a atuação de Sergio Moro, então juiz da 13ª Vara de Curitiba. Cabia ao juiz a partir disso, repassar o caso, já que não estava dentro dos parâmetros da sua alçada.
O presidente da subseção crítica ainda o modelo do processo penal arcaico e baseado na época de 30, num sistema fascista italiana. Paulo reforça que o assunto é de extrema complexibilidade, tanto na visão jurídica como política. O professor, na visão jurídica, não vê problemas na decisão do ministro Edson Fachin, em anular as condenações de Lula e afirma que Moro agiu com parcialidade no caso do petista.
