O Supremo Tribunal Federal (STF) anulou, na tarde desta quinta-feira (17), a votação secreta da comissão que analisará o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Por maioria, os ministros da Corte decidiram que a votação para escolha do colegiado deve ser aberta.

Para o ministro Luís Roberto Barroso, que abriu a divergência votando contra o relator Edson Fachin, o voto secreto não foi instituído por “deliberação unipessoal e dicionário” do presidente da Câmara, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os ministros Rosa Weber, Luiz Fux, Cármem Lúcia, Marco Aurélio Mello e Ricardo Lewandowski acompanharam o voto de Barroso.

Fachin, Teori Zavascki, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello entenderam que a escolha do colegiado poderia ser pelo voto sigiloso. Em seu voto, Gilmar Mendes disse que votação secreta é uma “lenda urbana”. A maioria da Corte também vetou a chapa avulsa da comissão do impeachment.