O jovem Adriel Montenegro, 21 anos, que se apresentou nesta segunda-feira, 25, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) suspeito de matar, em abril deste ano em Salvador, a ex-namorada, a adolescente Andreza Victória Paixão, de 15 anos, afirmou durante depoimento que o tiro que atingiu a garota foi acidental.

Segundo Adriel, no dia do ocorrido ele tentou tirar o revólver das mãos da adolescente que, estava ameaçando ele com a arma. As informações foram divulgadas pelas delegadas Rosimar Malafaia e Marta Karine.

Conforme as delegadas, o suspeito alegou que, no dia do crime, estava em casa fazendo a barba no banheiro, quando a jovem entrou na residência, sem ele perceber, foi no quarto, pegou a arma e a apontou para ele. O rapaz disse que ela não aceitava o fim do relacionamento, que ele gostava da garota e que não teve intenção de matar a vítima.

A polícia, no entanto, não acredita na versão do suspeito e lembra que os laudos concluídos sobre o crime até agora apontam que o jovem teve a intenção de matar a ex-namorada. O suspeito afirmou ainda que arma de onde partiu o disparo que matou a vítima, teria sido comprada na feira do rolo, na Baixa do Fiscal. Ele disse que comprou a mesma para se proteger, tendo em vista que é filho de um policial militar e morava em uma área perigosa.

Adriel afirmou que a jovem sabia em que canto da casa ele guardava a arma que ele tinha comprado e que por isso, no dia do crime, a garota entrou no quarto e pegou o revólver para ameaçá-lo.

Ele disse que após o disparo na jovem, na sala da residência, ele saiu correndo de casa, levando a arma, e afirmou não ter percebido se a jovem tinha morrido. O jovem contou que passou dois dias dormindo em praias e que, depois, retornou à Feira do Rolo, onde vendeu a arma.

Adriel ainda contou à polícia que durante o período que esteve foragido, trabalhou com um caminhoneiro e ficou sem contato com os familiares, e que só há 15 dias voltou a falar com o pai e a mãe. Contou, ainda, que ficou sabendo pela imprensa que a ex-namorada tinha morrido e que ficou incomodado com o fato de estar sendo procurado pela polícia e, por isso, resolveu se entregar nesta segunda-feira.

Após o depoimento, o suspeito foi encaminhado para exames no DPT e, depois, encaminhado para a Delegacia de Furtos e Roubos, na Baixa do Fiscal, para onde são levados os presos que cumprem prisão temporária.

Segundo a polícia, o suspeito que já teve uma passagem por porte ilegal de arma de fogo em 2014, vai cumprir prisão temporária de 30 dias, que pode ser prorrogada por mais 30 dias, ou então pode ter decretada a prisão preventiva, que não tem data para expirar.

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